5 de outubro de 2013

Conto 2: Di Nuovo Amare Diva por Mélany Alvarenga (TD)

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Notas/autora:
Hey lobinhas ! Tô ansiosa pq é a primeira vez que participo de um projeto assim, espero que gostem :)
Shipper: Leah e Sam
Género: Romance
Censura: +16
Escrita por: Mélany Alvarenga




Prólogo:
Porque tudo na minha vida aconteceu magicamente, e com o melhor momento da minha vida não poderia ser diferente.

Capítulo Único: Di Nuovo Amare Diva



            Quatro anos haviam se passado desde que tudo acontecera. Eu não sei como tudo mudou tão rápido. Há quatro anos Sam foi o maior babaca do mundo comigo, e me trocara pela vadia da minha prima. Pois é, minha própria prima! Então fui morar em Atlanta, com a desculpa de que precisava de novos ares.
            Por que voltei agora? Bem, minha doce mãe me ameaçou dizendo que se eu não fosse até La Push, ela me arrastaria pelas orelhas. Conhecendo minha mãe como bem conheço, aceitei ir. Então aqui estou eu, dentro de um avião pra Seattle, pra comemoração de 4 anos de casamento de Emily e Sam, e a chegada de seu primeiro filho. Maravilhoso!

***

            Fui recebida por Seth, meu irmão mais novo. Claro que minha mãe estaria sendo traíra e ajudaria a vadia. Dei um abraço muito simples no caçula, e seguimos pra La Push. As árvores passavam como borrões ao nosso lado, e isso só me deixava mais apreensiva. Eu estava voltando, por vontade própria, pra tudo aquilo que passei quatro anos renegando. A magia, a matilha, minha casa, Sam...
            A casa dos Clearwater continuava vermelha, como metade das casas da reserva. As pessoas circulavam apressadas pelas “ruelas” da reservas, como se estivessem organizando algo muito importante. E era, pra eles, não pra mim.
            –Leah! - Rebeca, mulher de Paul, e irmã de Jacob, me gritara de longe acenando como se estivesse espantando algum inseto. Droga, eu odiava estar aqui!
            –Hum... Oi, Rebeca.
            –Nossa, menina, você tá gata demais! Me conta tudo, como é lá em Atlanta? É muito diferente?
            Ela não estava diferente; os anos não pareciam ter passado para ela. Todos na reserva pareciam congelados no tempo, diferente de mim, que queria esquecer qualquer ligação com aquele lugar, que até então só me fez sofrer.
            –Sim é bem diferente, lá não tem pessoas que se preocupam mais com sua vida que você próprio. - sorri amarelo. Rebeca ficou sem graça e arranjou um motivo pra encerrar o assunto e se mandou. Merda! Eu não sabia mais falar com ninguém daquele lugar.
            –Não precisava disso, Leah. - Seth me olhou reprovador.
            –Eu não disse nada demais! - me defendi.
            –Não, praticamente a chamou de fofoqueira. Ela apenas tava tentando ser gentil!
            –Seth, vai se ferrar! - exclamei e entrei na casa.
            O cheiro de madeira misturado com o sal do oceano invadiu minhas narinas, e senti meu coração vacilar uma batida. Como um cheiro, um lugar podia mexer tanto comigo, Meu Deus?!
            Segui a paços duros até o meu quarto, qual foi minha surpresa ao ver que continuava tudo como deixei. Claro que minha mãe não mudaria uma única peça de decoração - se é que podemos chamar toda minha simplicidade provinciana de decoração. Fechei a porta, e me agachei atrás dela. Permiti que minhas lágrimas descessem por meu rosto, enquanto meu coração era espremido de tanta tristeza que se apoderava de mim naquele momento.
            Depois de me recuperar daquilo tudo, fui até o banheiro e tomei banho. Vesti uma roupa simples: short, e sandálias além do meu biquíni. Meus cabelos não tinha o que fazer com eles então deixei soltos mesmo.
            –Pra onde vai guapa? - escutei a voz da minha mãe atrás de mim.
            Olhei pra trás e minha mãe também não estava nada diferente. Só que agora usava uma aliança de compromisso no dedo que foi dado por Charlie Swan. Sorri com isso, eles mereciam.
            –Vou até a praia. Saudades.
            Respondi enquanto sentia seus braços gordinhos ao meu redor.
            –Soube o que fez com Rebeca, e não gostei.
            Rolei nas órbitas.
            –Não fiz nada. Também não gostei de você preferir a vaca a ir me buscar no aeroporto. - contrariei.
            –Oras, Leah! Ela ainda é nossa parente. E quer falar com você.
            –Esa perra para ir al puto infierno con lo que tiene que decir! Ella robó mi hombre y ahora se recuerda que mi primo? No jodas! Esa perra, perra ...
            Exclamei fula da vida, e segui a passos duros para a praia. Diferente de muitos lugares, a areia de La Push Beach é morna - mais pra fria - e a água do oceano é muito gelada. Não é pra muitos entrar ali. Tirei o short e mergulhei. Eu tinha tanta saudade daquela água gelada, e senti-la novamente me abraçando era revigorante.

***

            –Leah...
            Quando abri os olhos, levei um susto. Emily estava no meu quarto fazendo não sei o que!
            –O que você tá fazendo aqui? - praticamente gritei, já me levantando.
            –Eu só quero conversar, Leah! Somos primas, não podemos ficar nos tratando como duas desconhecidas.
            Ri com ódio.
            –E não somos? Você me traiu, tá lembrada?! Ahora quiere ser mi amigo otra vez, perra?
            –La niña no lo hizo, es su primo! - mina mãe apareceu para defendê-la.
            –Eu não entendo espanhol. - disse envergonhada.
            –Isso é porque nem suas origens você quis preservar! Mas não precisa se preocupar com o que eu disse não, porque o que interessa é que eu quero você longe daqui! E isso você entende bem.
            Sem mais chances, Emily saiu chorando da minha casa. Nem comi nada, apenas troquei de roupa, e sai sem dar explicações. Os meninos da matilha estavam do lado de fora, mas não falaram comigo, e eu nem olhei na direção deles. Com certeza a reserva inteira já sabia que a “priminha” foi posta pra fora.
            Havia horas que eu olhava o mar de cima do penhasco, e aquilo me acalmava. Por que Atlanta não tinha aquelas coisas pra me fazer bem? Pelo menos não me fazia tão mal...
            –Quem você pensa que é pra ter falado com Emily daquele jeito? Ela tá grávida!
            Eu estava tão distraída que não senti a aproximação de Sam.
            –Quem você pensa que é pra falar nesse tom comigo?
            Ele suspirou, e eu bufei.
            –Olha aqui, ela apareceu lá em casa porque quis! - exclamei nervosa, e por um momento pensei que fosse explodir num lobo.
            Não falamos nada, e aquele era um momento desconfortável. Há muito tempo eu não ficava sozinha com Sam, e aquilo estava me desestabilizando. Respirei fundo, olhando a paisagem até que o senti atrás de mim.
            –Eu sinto muito. Por ter te magoado.
            Prendi a respiração tamanha foi a surpresa. Todas as minhas defesas caíram naquele momento, e meu coração batia tão acelerado que podia ser ouvido de longe. Como eu podia ser tão estúpida ao ponto de cair no papo dele?!
            –Sam... pare, por favor - o que eu ensaiei mentalmente para ser um grito, não passou de um sussurro.
            –Leah - suspirou - eu me magoei também. Eu te amo tanto Lee-Lee, mas... Não tenho como fugir.
            –Seu casamento...
            –O imprinting! Eu não consigo amá-la, Leah, mas o imprinting...
            –Como não a ama se fez um filho nela? - agora o grito saiu. Seu olhar pesou sobre mim.
            –Eu sou impelido ao encontro dela. Eu tentei tanto, Lee-Lee ficar longe dela...! Eu tentei por você. Mas parecia impossível.
            –Para, Sam...
            A essa altura eu já chorava copiosamente. Mas não adiantou porque ele me beijou e eu deixei. Minha língua se enrolando com a dele, fez meu coração esquecer de todo sofrimento que um dia já passei. Chorei e me agarrei ao seu cabelo, enquanto ele se perdia na minha boca.
            Tê-lo novamente pra mim foi inevitável. E foi ali mesmo, em cima do penhasco que Sam me fez dele mais uma vez. Foi mágico, como tudo ao nosso redor.
            Seu corpo tão quente quanto o meu, enrolado ao meu... O prazer nos envolvia, e foi impossível não sentir nossas lágrimas. Nossa saudade ali traduzida numa linguagem que só dois amantes podiam entender. A intensidade de todos os nossos sentimentos - bons e ruins - estavam ali.             Unicamente uma coisa nos impedia de nos entregarmos mais rápido: a certeza de que aquela seria a última vez.
            Quando o prazer foi mais forte que nós, o êxtase nos envolveu. Nossos corpos enrolados pulsaram ao mesmo tempo, nos grudando; e nós permitimos nos levar. Gozar com Sam foi a melhor coisa da minha vida nesse quatro longos anos.
            –Eu te amo, Leah por mais que você possa nunca acreditar. - ele confessou, e ali no fundo de seus olhos nublados pelas lágrimas, eu enxerguei a verdade.
            –Eu sei Sam. Também te amo.
            – E 'stato magico potere di amare di nuovo, anche se è l'ultima volta. Ti amerò per sempre, anche dopo che è finita
            Eu sabia o que ele queria dizer com aquela frase, então sorri o sorriso mais sincero de toda minha vida.
            Depois disso, ele ainda me deu um beijo e um abraço. E tudo terminou ali... Tão magicamente quanto deveria ser...

FIM


Notas/autora:

1 - Aquela vadia que vá para puta que pariu com o que ela tem pra falar! Ela roubou meu homem e agora lembrou que é minha prima? Não fode! Aquela vagabunda, piranha...
2 - Filha não faça isso, é sua prima!
3 - Agora quer ser minha amiga de novo, sua piranha?
4 - Foi mágico poder te amar de novo, mesmo que seja a última vez.Te amarei eternamente, mesmo depois que tudo acabar.

Comentem !!
Bjs da Mél ♥


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